quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Gladiadora de sentimentos

  E naquela tarde de domingo, percebi que estava só. Sentei no chão, encostei minha cabeça na cama e chorei. A mulher tão forte e sorridente desapareceu, e chorei feito uma garotinha indefesa com medo do escuro.
  Percebi que apesar de estar acompanhada, estava só. Ninguém entenderia minha dor, minhas lágrimas e meus sentimentos tão confusos."Está dando tudo errado", pensava. Estava indignada por não saber as soluções pra tantos problemas. Eu, uma garota-mulher tão 'sabe tudo' como me diziam, não sabia nada. Estava fraca e ferida como um soldado que leva um tiro e tenta ao máximo ir para um abrigo para se proteger do seu fim. Mas eu estava tentando me proteger de mim mesma, dos meus próprios sentimentos. Na guerra que eu estava batalhando, eu era minha própria adversária. A arena de guerra era minha mente. E como um espelho, estava me vendo desmoronar, destruída pelos meus pensamentos e sentimentos. E num último fôlego de vida, deixei cair ao chão, uma lágrima. A última, prometi.

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