domingo, 30 de outubro de 2016

Refúgio

Não me foi ensinado a pensar, somente a repetir ideais e discursos prontos de uma sociedade que há muito não tem voz.
Se hoje anseio em gritar aos quatro ventos, culpa é de quem um dia me silenciou. Que tampem os ouvidos, que tentem calar minha voz, mas ao menos no papel terão minhas palavras incrustadas.
Diga-me o valor que tenho, me subornem e distorçam as frases que componho. Obriguem-me a colaborar com suas mentiras e me silenciem. Ainda assim não tirarão a escrita de mim. Nem que em meio a versos meus, seja o único lugar onde haja coragem para se arriscar. Meu refúgio, lugar onde faço e refaço o que bem entender.

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